segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Vim felicitar a Margot, o César, o Paulo, a Geo, o Serginho (recifense arretado) e todos que me leem por cá. Grande abraço! Um bom revéillon para todos, desejo-vos.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Memórias III

Diálogo 20122012

— Mas quando? Faltam 20 dias para a viagem. — Digo.
— Vinte?? Vou morreeerr... — em tom de desespero, responde.
— Também se eu voltar teremos todo o tempo do mundo. Relaxa.
— Por que você não me falou antes?
— Tu estavas dormindo quando tentei falar acerca...
— O que você vai fazer na quarta-feira? — pergunta-me ele.
— Nada. — retruquei.
— Fale a verdade. Não desmarque nenhum compromisso, viu? Você tem alguma coisa na quarta? Fala sério.
— A sério, então: Eu não tenho nada. Minha última apresentação será no sábado com o ballet. E estou completamente relaxado. Até menos ansioso, que saibas.
— Sei... Quarta será nossa despedida então. Vou te ensinar outros métodos de meditação, iremos tocar a música para minha irmã, vamos assistir ... — em tal momento eu não escutei nada por mais, havia alguma interferência -, vou falar com minha amiga que visita o templo budista ... — não compreendo novamente, apesar de estar silencioso ouvindo-o falar para mim  seus planos à nossa despedida —, tem muita coisa para a gente fazer.
— Ok! Posso supor que passarei o dia contigo. Eu estou certo ou errado?
— Vamos marcar o horário, certo? Dias antes nós falamos sobre isso.
— E não vem com papo de menos ansioso, que eu sei muito bem como você é.
— É o motivo da meditação? Esquece. Não responde.
— Tem certeza que não tem nada na quarta-feira?
— (Ele me conhece mesmo.) Não. Na verdade ia ver o Silvério Pessoa numa peça. Eu acho que ocorre no dia 23, 24 e 25. Eu não sei se eu vou. Mas não é nada importante, de modo que só vou se tiver companhia.

     Ele começa a falar do que irá fazer no dia 24. Interrompo-o, já sabendo de seus métodos para me convidar para algo, e indago: — É um convite o que estás  a fazer?
— É... pode ser. Mas vai ser possível? Não quero te atrapalhar.
— Ano passado eu fui a quatro jantares na noite de Natal. Será um prazer jantar com sua família (céus, nem estou acreditando nisso!).
— Por favor, não traz o violino. Vão pedir para você tocar música de natal. A minha irmã está lhe intimando a tocar "Noite Feliz" em harmônico.
— Na verdade, vou fingir que acabei de sair de um concerto só para levar o violino e tocar.
— Não!
— Não foi a sério.
— Bom, eu irei jantar com sua família. E quem sabe... Ok.
— ...
— ...
— E como andam os estudos?
— A andar. Estou praticamente à deriva. O grande problema é que eu não funciono sob pressão.
— Nesse ponto você é muito diferente de mim. Eu funciono melhor sob pressão, bem melhor.

[...]

— Boa noite, V.
— Boa noite, A.
— Bons sonhos.
— Abraço!
— ...
— Você desliga. Não vou desligar. Você desliga. — Diz V.

Desliguei o telefone. Acho que era a vigésima segunda ou terceira hora do dia quando o fiz.



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Memória II

     Foi ontem. Foi durante o crepúsculo, foi enquanto movimentava-me que decidi acerca do começo e fim de Ar e Água. Ele, a pessoa para quem dedicarei meu romance, dormia ao meu lado com um velho livro sem capa e folha de rosto entre as mãos.

     Aprendi a fazer meditação oriental com ele.

     No fim, eu prometi que escreveria em meu diário os parágrafos de uma única pauta que começarão e terminarão Ar e Água. Eu não escrevi. Escrevo para não esquecer e acabo esquecendo de escrever, estou bem arrumado com tal situação. Mas eu não poderia esquecer os parágrafos, não depois de esquecer o nome da protagonista. 
     Escrevê-los-ei por cá..., mas eles irão para o meu diário em minutos.

     Eu o observava dormir e fazia refletir acerca dalgumas questões. A luz de nossa estrela o iluminava quando eu, distraído e já longe de minhas reflexões, apenas vazio de pensamentos importantes, li um último parágrafo duma das páginas de seu livro. Lá havia "O visitador ganhou a porta." 
     O início do romance será "O visitante entra pela porta." O fim será "O visitador ganhou a porta."

     Só há livros substanciais de Schubert em ingês, fracês ou alemão. Contatei o escritor do livro escolhido. Receberei o livro em minha casa e autografado [\0/].



sábado, 8 de dezembro de 2012

17h50

     Andei depressivo essa semana.

     Vou ao último concerto da Sinfônica Jovem. O concerto me fará bem.

     Meta do fim de semana: surpreender ao professor na aula de segunda-feira com  minha delicadeza ao violino.


     [45 minutos depois]

     O problema de sentir demais é que tudo acaba parando por não aguentar tanto sentimento.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Memória I

M. P. C. : V. W.

Alma.
Autocarro, Um Historiador Musical no Egito, Um Engenheiro no Egito, "Cairo" Dito em Duas Vozes.

A flor "...ria".

Minutos depois da aula, agora.

Paro para pensar, penso muito; pergunto-me o motivo para não encontrar legenda; não me importo em não sabê-lo.
Sou uma gramínea.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

     Meu corpo está cansado..., porque senti demais hoje. O pior de tudo é que fiz reprimir-me. Não, eu só guardei. Guardei por não achar o melhor momento. E vivo um intenso amor não partilhado. Sou paciente.
     Ele não é só minha pérola da Capibaribe, ele também é mon chevalier
     Pensar que estarei muito distante dele em dois meses dói-me os sentimentos. 
     
     Ainda estou com partículas próprias do corpo dele, o seu olor idiossincrático, aquele perfume agradável característico naturalmente de cada pessoa.
     Seu belo e frágil corpo. Todos os seus gestos, todos os seus hábitos, o seu sotaque recifense, tudo isso me faz não ter medo de morrer (estou a ser sincero, apesar de ainda não compreender esse sentimento). E se falei em sentimentos, todos os meus momentos íntimos ou não com ele despertam-me os mesmos sentimentos escritos em meu diário a 12 de novembro de 2012.

    Eu não pretendia escrever por cá hoje. Na verdade, disse para a G. V. que pretendia parar essa parte da minha cápsula do tempo (o reflectere) até fevereiro.
     Por mais dedicado à musica que sou, preciso de mais dedicação.
     Nas palavras do professor, estou "arrasando" com meu grande e atual autoestima e confiança. Estou sendo até mais delicado com meu violino.
     Tal é a dedicação que abstive-me da escrita, e até parei de escrever Ar e Água, romance que comecei a escrever e que será dedicado para aquele sobre o qual eu falei nos parágrafos acima. Se ele for um leitor muito assíduo e perspicaz (ele só é assíduo, por todas as leituras que já vivi com ele), poderá perceber que Ar e Água é uma das muitas declarações de amor que faço para ele.

     Recado dado? Eu escreverei pouco por cá até fevereiro. Está sendo difícil afastar-me da literatura, mas parece que eu não escolhi a música. Por vezes, só de quando em vez, penso que as musas me escolheram na realidade.

     Estudaria música agora. Mas não consigo agora. Preciso descansar meu corpo suado de tanta emoção guardada.

     Até a próxima.

P.S.: Bratz, perdoe-me por não responder seu comentário no poste (não quero ir lá, e não sei o motivo e... não sei). Fico feliz por sua impressões de cá. Agora deves saber que fazes parte da minha memória. Eu tenho seu blogue no meu gerenciador de favoritos, só nunca comento porque sou tímido em comentários nos blogues mesmo — meu pensamento enquanto escrevia: "que a verdade seja dita!" —. És bem achegado por cá.

Outro Pós-escrito: Aliás, perdoem-me todos os blogueiros que leem isso aqui. Um dia eu tomo coragem e publico os rascunhos de comentários que tenho no word.