Diálogo 20122012
— Mas quando? Faltam 20 dias para a viagem. — Digo.
— Vinte?? Vou morreeerr... — em tom de desespero, responde.
— Também se eu voltar teremos todo o tempo do mundo. Relaxa.
— Por que você não me falou antes?
— Tu estavas dormindo quando tentei falar acerca...
— O que você vai fazer na quarta-feira? — pergunta-me ele.
— Nada. — retruquei.
— Fale a verdade. Não desmarque nenhum compromisso, viu? Você tem alguma coisa na quarta? Fala sério.
— A sério, então: Eu não tenho nada. Minha última apresentação será no sábado com o ballet. E estou completamente relaxado. Até menos ansioso, que saibas.
— Sei... Quarta será nossa despedida então. Vou te ensinar outros métodos de meditação, iremos tocar a música para minha irmã, vamos assistir ... — em tal momento eu não escutei nada por mais, havia alguma interferência -, vou falar com minha amiga que visita o templo budista ... — não compreendo novamente, apesar de estar silencioso ouvindo-o falar para mim seus planos à nossa despedida —, tem muita coisa para a gente fazer.
— Ok! Posso supor que passarei o dia contigo. Eu estou certo ou errado?
— Vamos marcar o horário, certo? Dias antes nós falamos sobre isso.
— E não vem com papo de menos ansioso, que eu sei muito bem como você é.
— É o motivo da meditação? Esquece. Não responde.
— Tem certeza que não tem nada na quarta-feira?
— (Ele me conhece mesmo.) Não. Na verdade ia ver o Silvério Pessoa numa peça. Eu acho que ocorre no dia 23, 24 e 25. Eu não sei se eu vou. Mas não é nada importante, de modo que só vou se tiver companhia.
Ele começa a falar do que irá fazer no dia 24. Interrompo-o, já sabendo de seus métodos para me convidar para algo, e indago: — É um convite o que estás a fazer?
— É... pode ser. Mas vai ser possível? Não quero te atrapalhar.
— Ano passado eu fui a quatro jantares na noite de Natal. Será um prazer jantar com sua família (céus, nem estou acreditando nisso!).
— Por favor, não traz o violino. Vão pedir para você tocar música de natal. A minha irmã está lhe intimando a tocar "Noite Feliz" em harmônico.
— Na verdade, vou fingir que acabei de sair de um concerto só para levar o violino e tocar.
— Não!
— Não foi a sério.
— Bom, eu irei jantar com sua família. E quem sabe... Ok.
— ...
— ...
— E como andam os estudos?
— A andar. Estou praticamente à deriva. O grande problema é que eu não funciono sob pressão.
— Nesse ponto você é muito diferente de mim. Eu funciono melhor sob pressão, bem melhor.
[...]
— Boa noite, V.
— Boa noite, A.
— Bons sonhos.
— Abraço!
— ...
— Você desliga. Não vou desligar. Você desliga. — Diz V.
Desliguei o telefone. Acho que era a vigésima segunda ou terceira hora do dia quando o fiz.
Relaxa querido amigo ... relaxa ... tudo chega ao seu devido porto ... fica bem ...
ResponderExcluirbeijo grande ...
Relaxe...e aproveite a quarta-feira. Como disse o Paulo, tudo tem seu tempo e hora de acontecer e é uma delícia pensar que pode ser amanhã.
ResponderExcluirRsrs... beijos meu querido.
Bom natal