quinta-feira, 30 de agosto de 2012

     Vamos a um pequeno resumo dos quatros primeiros dias da semana, já que costumo dormir quando escrevo cá no fim do dia.
     Ela esteve sendo de descobertas (encontrei peixes dourados na superfície do mar com pétalas de rosas brancas), conquistas, conflitos internos (eles não estiveram sendo comuns recentemente) e mudança repentina de alguns planos.

     Eu ainda continuo na superfície do mar existencial com pétalas de rosas brancas. Eu até arrisquei mergulhar, mas, apesar da confiança que sentia no ato de mergulhar e sair da superfície, eu engasguei de medo enquanto tentava ir mais fundo no mar. Então, eu volto para a superfície hesitando em fazê-lo novamente; depois eu decido que não mergulharei por mais uma vez nos próximos breves tempos, mas pude estar mais confiante para a próxima.
     Eu tentei descobrir os motivos do medo. Procurei e procuro... Acho, enfim. Por achá-lo, eu posso dizer que ninguém deve se decepcionar com as queimaduras após tocar as águas-vivas do mar existencial.
     
     Contar-vos-ei essa história realmente muito real:
     Ocorreu uma ininteligível  atração súbita quando vi as águas vivas passarem bem pertinho de mim. Estávamos em dimensões diferentes, mas eu podia percebê-las. Encantei-me e apaixonei-me por elas. E essa paixão misteriosa entre um mergulhador e água-vivas fez-me dedicar dia e noite para transcender à outra dimensão. A outra dimensão estava bem próximo de mim, bastava mergulhar. Entretanto, eu era o meu limite, eu era a minha pedra.
     Mas houve um dia, como quando nos primeiros momentos em que uma criança percebe que aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas auxiliadoras, que fechei os olhos e passei, de modo corajoso, para a outra dimensão.
     Eu só queria vê-las, apreciá-las e ouvir seus movimentos na água. Mas eu, sobretudo, desejava tocá-las e abraçá-las. Eu o faço, após vários dias de reflexão pessoal.
     Oh!, como doeu quando descobri a dor de tocar objetos de outra dimensão. Senti prescindíveis nevralgias até descobrir que as águas-vivas eram constituídas de apenas energia escura. E é claro que um ser constituído basicamente de carbono e proveniente d'outra dimensão(ou universo paralelo) só poderia sentir feéricas nevralgias. Ao menos essas feéricas nevralgias me levariam para conclusões incríveis acerca das águas-vivas: elas são surdas. Mas também concluí que nunca deverei tocar novamente em um ser de outra dimensão, e assim ficou o trauma. Esse é motivo do medo em ir fundo no mar existencial com pétalas de rosas brancas.
     Eu tenho sempre uma música para momentos em que lembro das águas-vivas e começo a pensar que não sou capaz. Aliás, acho que irei postá-la no fim do poste.

     Haverá replay da apresentação da semana passada. Amanhã terei um jantar com pessoas que tornaram-se especiais para mim.       Sim! O V. W, o Geraldo e o A. tornaram-se especial para mim.

     Agora, por fim, poderão apreciar a música para os momentos em que eu lembro das águas-vivas. Eu escolhi o videoclipe por ele ilustrar bem o que eu falei, mas eu prefiro a versão acústica. Em sequência, Shake It Out com a linda Florence Welch: