sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fluxo II e Memória V

"vou confessar, estou quase desistindo... como assim??, fiz planos por 1, 2, 3, 4, 5 6, 7, 8, 9, 10 dez meses e vou para agora? logo agora? parece que nem mesmo a carta da Clair levantou os ânimos. vou fechar o blogue... — O que tem a ver o blogue? —  milhas longe é onde a minha depressão está, mas é bem verdade que tem momentos que sinto vontade de fazer nada, nem música, nem história, nem literatura, e parar... parar... vou continuar..., mas não por haver um forte motivo interior que faz impulsioná-lo, por algo externo e que não posso compreender. é algo que não se pode ver. nem sentir não se pode. sentir?? ... eu vou por ir... e vou... não sei para onde irei mais... mas irei... irei por ir... é insistir para existir... acho que é o cansaço físico, mais minha nostalgia, e as dores por todo o corpo causado pelo meu violino... preciso de um médico... mas só depois da viagem... não posso não viajar... o que há de me ocorrer nos próximos seis meses? e nos próximos oito anos, o que há de me ocorrer? que horror é o escuro do destino... escuro seco, gosto de algo molhado de preto... molhado de mar... de mar agitado porém lento... molhado de mim sobre o mar... molhado de mim sobre o mar e sob nuvens pouco espessas... finas... agudas... agudas como lá... lá menor — É o tom de uma música. — ... vou ler... amar é o que me sobra... acho que a diferença ente mim e meu pai é que eu ainda tenho esperança na humanidade e ele, por suas experiências pessoais, a perdeu num processo lento de misantropação ... — É o que acontece quando se escreve pensamentos.   não tenho dúvidas que isso o tornou a figura que ele é, uma adição de sabedoria, ignorância, filosoficamente falando, sentimentalismo, melancolia, pessimismo e indiferença por tudo da vida. gostaria de ser como qualquer um... gostaria de não saber de nada... viver sem sentir a realidade... viver num mundo pequeno onde a ignorância e a escuridão seriam os saberes supremos...  hora de ir...

     Confesso que gostaria muito de ficar com meus pensamentos. Gosto de pensar e escrever o que penso, sem censura. Foram pouquíssimos minutos de pensamento o que eu escrevi. Hora de ir, tenho aula. E posso imaginar que bela aula será já que não conseguir progredir o que deveria hoje. :(

Memória V


O Lago das borboletas divinas criadas por Deus.

Que peso!

Um comentário:

  1. Nossa mente é cheia de segredos. Mesmo escrevendo tudo isso, alguma coisa ainda deve ter ficado.
    Duas lindas fotos.... paz e carinho.... aliviando o peso dos pensamentos.
    Beijos querido

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