sábado, 29 de setembro de 2012

A Inacabada

     Ela marcou a minha vida. Quase tanto quanto ele. Ele, por sua vez, provou que eu podia amar. O segundo movimento dela, mostrou-me que as angústias do primeiro movimento são superáveis.
     Ela é a Sinfonia No. 8 em Si Menor do compositor germânico Franz Peter Schubert. Ele... Ele é só ele mesmo.

     A primeira vez que a apreciei em direto foi ao dia 18 de Setembro no Teatro Santa Isabel com a minha amada Orquestra Sinfônica Jovem do CPM. Meu professor particular, chefe de naipe, estava a interpretar também. André Muniz, regente convidado do concerto,  conduziu muito bem a orquestra na interpretação d'A Inacabada.

     Ela, a Sinfonia, fez-me emocionar e molhar a face de lágrimas no primeiro movimento. Memórias e memórias. Sentimentos e palavras. A agudez dos momentos mais noturnos da vida.
     Já no segundo, lembrei que podemos transformar as agudezas em canções de ninar. As lembranças também trouxeram para a consciência que existem raios solares para quebrar a escuridão da noite. E de novo chorei.
     Eu não resisto e vocifero "bravo" no final. É claro que ele existe para cousas extremamente excepcionais, mas até a menos notável beleza torna-se excepcional para mim.

     Vai, em sequência, a interpretação completa da Oitava Sinfonia de Schubert. Bom deleite!


4 comentários:

  1. Certas músicas nos remetem realmente a estados emocionais diferentes... alegre, triste e de novo alegre..ou...como você fica.... emocionado...melancólico e outra vez emocionado.
    É como nossa vida... altos e baixos... duros e macios...

    Estive meio ausente... tentando voltar aos poucos.
    Beijos querido

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  2. É muito linda mesmo! Eu ainda não conhecia. Embora eu goste bastante de música erudita, eu não consigo identificar uma peça muito facilmente. A exceção é a obra do Mahler... basta um acorde e já sei que se trata de alguma coisa dele.

    Beijos.

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